“Não, não tenho caminho novo. O que tenho de novo é o jeito de caminhar.”
Thiago de Mello

 

O perfil do profissional de Secretariado mudou.

E isto já é assunto velho, de muito tempo, que começou com a dignificação da profissão, quando foi regulamentada por lei, em 1985,  e passou a exigir o registro profissional para o exercício da profissão e a formação em cursos técnicos, tecnológicos e bacharelados em Secretariado.

O Secretariado está mais capacitado e mais bem preparado, pois, temos no Estado de São Paulo, mais de 30 Universidades/Faculdades, que oferecem os cursos, sem contar, ainda, com os cursos técnicos e a distância, que atendem àqueles que amam  a profissão.

Agregamos ao jeito velho, um novo jeito de trabalhar, desafiados pelo próprio mercado de trabalho, que exigiu, da profissão e de nós profissionais, que atuássemos como co-gestores, comunicadores, líderes e formadores. E que desafio mais atraente, pois, percebemos que este é nosso verdadeiro lugar.

Entendemos que a má interpretação, no plano de cargos e salários, com relação a nossa profissão, junto às empresas brasileiras com capital estrangeiro, deve-se à forte e natural influência americana e européia, pois, somos um país multinacional.

Comprovamos estes dados, recentemente, com nossa participação, em Boston – Massachussets, no evento do IAAP – Internacional Association of Administrative(s) Professionals, que congregam os profissionais administrativos, dos Estados Unidos da América.

Atentem para os dados: lá, a profissão não é regulamentada, não há cursos de formação em Secretariado e as atribuições da função são exatamente as mesmas desenvolvidas no Brasil.

Aqui no Brasil, temos, ainda, a profissão reconhecida, na CBO – Classificação Brasileira de Ocupações (documento que retrata a realidade das profissões do mercado de trabalho brasileiro.

Acompanhando o dinamismo das ocupações, a CBO tem por filosofia sua atualização constante, de forma a expor, com a maior fidelidade possível, as diversas atividades profissionais exercidas, em todo o país, sem diferenciação, entre as profissões regulamentadas e as de livre exercício. Seus dados alimentam as bases estatísticas de trabalho e servem de subsídio para a formulação de políticas públicas de emprego) com o número 2523.

Igualmente, o Assistente Administrativo é retratado, na CBO, pelo número 4110, com atribuições parecidas com  as do Secretariado, mas exige curso, de apenas 200 horas.

Em pesquisa aplicada pelo SINSESP- Sindicato do Secretariado do Estado de São Paulo, sobre as competências do profissional, 95% responderam que constam de suas atribuições: organização, coordenação e sistematização do fluxo de atividades, gestão, atendimento ao cliente interno e externo (hoje, inclusive virtual, que requer aprimoramento constante dos recursos tecnológicos), comunicação, que envolve redação, no idioma nativo/outro idioma e tradução e versão, organização de eventos e viagens.

Em outros 5%, que ainda não se dedicam a tais funções, a amostra nos traça perfil de recém-formados, em início de carreira.
Como dados, temos, também, mais de 12 eventos de Secretariado, na cidade de São Paulo, para desenvolvimento e aperfeiçoamento, nos meses de setembro e outubro de 2010.

O lançamento da Revista Gestão e Secretariado é outro marco paulista, na história da profissão, que tem como proposta, incentivar a produção de pesquisas científicas e promover reflexões críticas, acerca da construção de conhecimento, na área.
Portanto, profissão com potencial de crescimento e identidade própria.

Reconheça, aceite e conviva com o Assistente Administrativo, como plano de carreira de sua empresa.

Escolha: Ser Secretária(o) por competência, identidade, capacidade e paixão.
E celebre, todos os dias!

Isabel Cristina Baptista
SE SRTE/SP 73/86
Presidente do Sindicato das Secretárias e Secretários do Estado de São Paulo
Editora da Revista Gestão e Secretariado

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